De D. João V a Dilma, seca foi tratada com paliativos
Padre Djacy Brasileiro/Divulgação Seca tem afetado várias localidades do Nordeste |
O primeiro registro de seca ocorreu em 1583, dois anos antes da cidade de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa) ser fundada em 1585, conforme dados nos anais do Senado Federal resgatados pelo ex-senador Marco Maciel (PE) em discurso no dia 17 de junho de 1983, quando a região enfrentava outro terrível período de seca.
Na época do discurso de Marco Maciel, a Paraíba era governada por Wilson Braga e o Brasil tinha João Figueiredo como presidente. Frentes de emergência foram abertas já em 1982 pelo governador Tarcísio Burity. Milhares de homens e mulheres foram alistados para trabalhar em terras públicas e privadas construindo e recuperando açudes para justificar o valor que recebiam por mês: meio salário mínimo e alguns quilos de feijão preto imprestável para o consumo humano. Burity chegou a dispensar as mulheres do árduo trabalho.
Hoje, em pleno século XXI, o Nordeste enfrenta uma repetição da seca que ocorreu no século XVIII. Naquele tempo, foram sete anos de seca entre 1721 e 1727, conforme resgate feito por Marco Maciel. Hoje, os nordestinos caminham para o quinto ano de um ciclo de seca que, segundo o especialista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas, também será de sete anos, que só terminará em 2019.
Séculos se passaram e a população não viu, ainda, o problema da falta de água ser resolvido. Más há como resolver? Especialistas asseguram que sim. A transposição do rio São Francisco seria apenas uma das alternativas. Mas o que se viu em dezenas de anos foram promessas que não saíram do papel, até que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tomou a decisão política cobrada no dia 12 de novembro de 1998 pelo então senador Ronaldo Cunha Lima, em discurso na tribuna.
Na época, Ronaldo disse ter certeza que o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso realizaria a transposição. Segundo Ronaldo Cunha Lima, havia projetos e recursos para a obra, mas faltando vontade política de realizá-la. Entre os governos de Dom Pedro II e Dilma Rousseff, o que se viu foram paliativos (iniciador com Dom João V) que nada resolveram.
No entanto, não se pode esquecer a decisão de Lula de iniciar a transposição a qualquer custo. A obra não teve adequado planejamento, como afirmam especialistas, mas pelo menos foi iniciada. O governo Dilma pouco avançou e a esperança, agora, está no governo de Michel Temer. Até porque grandes cidades do Nordeste como Campina Grande, Patos, Juazeiro do Norte, Fortaleza, Caicó, entre outras, estão prestas a enfrentar a maior tragédia humanitária desde a grande seca de 1877 a 1879.
Na época do discurso de Marco Maciel, a Paraíba era governada por Wilson Braga e o Brasil tinha João Figueiredo como presidente. Frentes de emergência foram abertas já em 1982 pelo governador Tarcísio Burity. Milhares de homens e mulheres foram alistados para trabalhar em terras públicas e privadas construindo e recuperando açudes para justificar o valor que recebiam por mês: meio salário mínimo e alguns quilos de feijão preto imprestável para o consumo humano. Burity chegou a dispensar as mulheres do árduo trabalho.
Hoje, em pleno século XXI, o Nordeste enfrenta uma repetição da seca que ocorreu no século XVIII. Naquele tempo, foram sete anos de seca entre 1721 e 1727, conforme resgate feito por Marco Maciel. Hoje, os nordestinos caminham para o quinto ano de um ciclo de seca que, segundo o especialista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas, também será de sete anos, que só terminará em 2019.
Séculos se passaram e a população não viu, ainda, o problema da falta de água ser resolvido. Más há como resolver? Especialistas asseguram que sim. A transposição do rio São Francisco seria apenas uma das alternativas. Mas o que se viu em dezenas de anos foram promessas que não saíram do papel, até que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tomou a decisão política cobrada no dia 12 de novembro de 1998 pelo então senador Ronaldo Cunha Lima, em discurso na tribuna.
Na época, Ronaldo disse ter certeza que o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso realizaria a transposição. Segundo Ronaldo Cunha Lima, havia projetos e recursos para a obra, mas faltando vontade política de realizá-la. Entre os governos de Dom Pedro II e Dilma Rousseff, o que se viu foram paliativos (iniciador com Dom João V) que nada resolveram.
No entanto, não se pode esquecer a decisão de Lula de iniciar a transposição a qualquer custo. A obra não teve adequado planejamento, como afirmam especialistas, mas pelo menos foi iniciada. O governo Dilma pouco avançou e a esperança, agora, está no governo de Michel Temer. Até porque grandes cidades do Nordeste como Campina Grande, Patos, Juazeiro do Norte, Fortaleza, Caicó, entre outras, estão prestas a enfrentar a maior tragédia humanitária desde a grande seca de 1877 a 1879.
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