Google quer estender a expectativa de vida humana para 500 anos
(Foto: reprodução/Bloomberg) |
Maris é presidente da Google Ventures, um braço da gigante de buscas que procura investir em startups e empresas com algum projeto revolucionário em basicamente qualquer área da ciência ou tecnologia. No entanto, a grande meta é realmente estender a vida humana apostando nos avanços da medicina.
Dos US$ 2 bilhões já investidos pela Google Ventures em outras empresas, a maior parte é dedicada a alavancar projetos de saúde e ciências da vida. É o caso da Calico, um centro de pesquisa criado recentemente que tem o objetivo explícito de “curar a morte”. Talvez seja um exagero, mas a meta é reverter o processo de envelhecimento para ampliar a vida.
Outros projetos da companhia, mais precisamente do laboratório Google X (divisão que desenvolve os projetos mais ambiciosos da empresa como o Glass e os carros autônomos), incluem uma pílula de nanopartículas que são jogadas na corrente sanguínea para detectar doenças e mutações cancerígenas.
Uma das empresas apoiadas pela Google Ventures que mais tem chamado a atenção é a Foundation Medicine. Sua missão inclui o uso de dados genéticos para criar ferramentas de diagnótisco oncológico e gerou tanto burburinho que teve a parte majoritária de suas ações compradas pela Roche por US$ 1 bilhão em janeiro deste ano, e o Google ainda mantém controle de 4% dos papéis.
A aposta na Foundation Medicine veio ainda em 2011, quando a companhia era praticamente apenas uma teoria, mesmo com a participação de nomes significativos como Eric Lander, um dos líderes do Projeto Genoma, que mapeou o genoma humano em 2003. De lá para cá, com a evolução da tecnologia foram criados produtos como o Interactive Cancer Explorer, uma espécie de Google para os oncologistas, e que tem feito a diferença no diagnóstico do câncer.
Para encontrar companhias promissoras na área de saúde, o processo é mais complexo do que simplesmente encontrar bons programadores com uma ideia interessante de aplicativo, já que a biotecnologia é complexa e requer investimentos altos, parcerias com gigantes farmacêuticas e testes clínicos. Por isso, Maris tem ao seu lado cientistas que atuam como parceiros. É o caso de Krishna Yeshwant, um médico que ajudou a liderar um investimento na Flatiron Health, que desenvolve uma plataforma em nuvem para análise de dados do câncer.
Bill Maris tem certeza de que a tecnologia de saúde em duas décadas será completamente diferente do que temos hoje, e possivelmente essa revolução passará por suas mãos. “Isso é só o começo. Em 20 anos, a quimioterapia será considerada tão primitiva quanto usar um telégrafo”, explica ele à Bloomberg.
Via Bloomberg
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