Padre que defende homossexuais diz estar "honrado" após excomunhão
Foto: Luly Zonta/Agência Bom Dia |
Beto optou por não se retratar e pediu afastamento da Igreja no último sábado. Ontem, o bispo disse que não aceitaria o pedido e publicou a excomunhão.
Para comentar a excomunhão, usou sua página numa rede social.
"Eu me sinto honrado em pertencer à lista de muitas pessoas humanas que foram assassinadas e queimadas vivas por pensarem e buscarem o conhecimento. Agradeço à Diocese de Bauru", afirmou.
O padre, que já era bastante conhecido em Bauru, ganhou atenção da imprensa nacional e internacional.
Na manhã de hoje, concedeu entrevistas a emissoras de rádio, TV e jornais. Uma das universidades em que dá aula chegou a ser "invadida" por jornalistas que queriam ouvi-lo.
Fieis admiradores do padre estão se preparando para realizar um protesto. Uma moção de repúdio on-line contra a excomunhão já reunia mais de 2.000 adesões no início da tarde desta terça-feira (30).
A excomunhão do padre foi divulgada ontem pela Diocese de Bauru. Em
comunicado, a diocese diz que Beto cometeu "gravíssimo delito de
heresia" e traiu o "compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou
servir no dia de sua ordenação sacerdotal".
Beto havia recebido prazo do bispo de Bauru, Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet nas quais afirma que existe a possibilidade de amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais.
Beto havia recebido prazo do bispo de Bauru, Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet nas quais afirma que existe a possibilidade de amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais.
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