Lula se torna minoria no Mercosul pela primeira vez
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o único líder de esquerda do Mercosul, pela primeira vez em todos os seus governos. Desde o seu 1° mandato, que teve início em 2003, pelo menos metade dos governantes que compunham o Mercosul eram de esquerda. A situação inédita se deu após o ultraliberal Javier Milei ser eleito para a Presidência da Argentina neste domingo (19). Agora, Lula se tornou minoria, enquanto os presidentes da Argentina, do Paraguai e do Uruguai são de direita.
De 2003 a 2004, o Mercosul era composto por dois líderes de esquerda e dois de direita. Entre 2005 e 2008, havia três presidentes de esquerda e apenas um de direita. De 2009 a 2010, Lula teve a situação mais favorável de todas do ponto de vista ideológico, porque todos os governantes se identificavam como sendo de esquerda. Em 2023, o atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, equilibrou o cenário político, sendo o único parceiro de esquerda de Lula. Porém, isso vai mudar.
A partir de 10 de dezembro deste ano, quando Javier Milei assumir a Presidência da Argentina, Lula vai enfrentar pela primeira vez uma maioria de direita no Mercosul. Agora, o petista deve enfrentar ainda mais dificuldades em sua política internacional. Ele tentou mediar os conflitos da guerra na Ucrânia e na Palestina, mas sem sucesso. Portanto, se sua liderança global já se encontra enfraquecida, a regional também passará por desafios para se projetar da forma que ele deseja.
Protagonismo de Lula
Durante o primeiro ano do seu 3° mandato, o presidente brasileiro se encontra em um impasse. Lula terá duas alternativas a partir de agora: ser pragmático e tentar se aproximar dos demais líderes de direita ou dar menos importância para o Mercosul e priorizar os Brics. Na primeira hipótese, Lula pode tentar evitar brigas entre os países vizinhos, sendo favorável ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Na segunda opção, Lula se comportará de forma semelhante a de agora.
Contudo, o presidente brasileiro atuará sozinho em prol de sua ideologia. É bastante provável que ele continue focando em seu protagonismo global, mas que enfrente mais embates políticos dessa vez. Até este ano, Lula tinha o apoio de Alberto Fernández, atual presidente da Argentina. Porém, o novo governante de direita deve lidar com a crise econômica por si só. Atualmente, a Argentina está com uma inflação de 148% ao ano e o Banco Central do país está com uma baixa reserva de dólares.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o único líder de esquerda do Mercosul, pela primeira vez em todos os seus governos. Desde o seu 1° mandato, que teve início em 2003, pelo menos metade dos governantes que compunham o Mercosul eram de esquerda. A situação inédita se deu após o ultraliberal Javier Milei ser eleito para a Presidência da Argentina neste domingo (19). Agora, Lula se tornou minoria, enquanto os presidentes da Argentina, do Paraguai e do Uruguai são de direita.
De 2003 a 2004, o Mercosul era composto por dois líderes de esquerda e dois de direita. Entre 2005 e 2008, havia três presidentes de esquerda e apenas um de direita. De 2009 a 2010, Lula teve a situação mais favorável de todas do ponto de vista ideológico, porque todos os governantes se identificavam como sendo de esquerda. Em 2023, o atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, equilibrou o cenário político, sendo o único parceiro de esquerda de Lula. Porém, isso vai mudar.
A partir de 10 de dezembro deste ano, quando Javier Milei assumir a Presidência da Argentina, Lula vai enfrentar pela primeira vez uma maioria de direita no Mercosul. Agora, o petista deve enfrentar ainda mais dificuldades em sua política internacional. Ele tentou mediar os conflitos da guerra na Ucrânia e na Palestina, mas sem sucesso. Portanto, se sua liderança global já se encontra enfraquecida, a regional também passará por desafios para se projetar da forma que ele deseja.
Protagonismo de Lula
Durante o primeiro ano do seu 3° mandato, o presidente brasileiro se encontra em um impasse. Lula terá duas alternativas a partir de agora: ser pragmático e tentar se aproximar dos demais líderes de direita ou dar menos importância para o Mercosul e priorizar os Brics. Na primeira hipótese, Lula pode tentar evitar brigas entre os países vizinhos, sendo favorável ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Na segunda opção, Lula se comportará de forma semelhante a de agora.
Contudo, o presidente brasileiro atuará sozinho em prol de sua ideologia. É bastante provável que ele continue focando em seu protagonismo global, mas que enfrente mais embates políticos dessa vez. Até este ano, Lula tinha o apoio de Alberto Fernández, atual presidente da Argentina. Porém, o novo governante de direita deve lidar com a crise econômica por si só. Atualmente, a Argentina está com uma inflação de 148% ao ano e o Banco Central do país está com uma baixa reserva de dólares.
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