Russo de 30 anos será 1ª pessoa a passar por um transplante de cabeça
Uma equipe de médicos liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero está planejando o primeiro "transplante de cabeça" da história. O procedimento, que colocará a cabeça de uma pessoa em outro corpo, deve levar 36 horas ao todo, exigindo uma equipe médica de mais de 150 pessoas.
O paciente que passará pelo procedimento é o russo Valery Spiridonov, de 30 anos. Spiridonov é portador da Doença de Werdnig-Hoffman, um tipo de atrofia muscular espinhal que resulta em enfraquecimento muscular para o qual ainda não existe nenhum tipo de tratamento conhecido.
Procedimento
Durante o procedimento, a cabeça de Spiridonov será resfriada, para desacelerar a taxa de decomposição de suas células. Em seguida, as veias e artérias do pescoço serão ligadas a máquinas que manterão o fluxo de sangue na cabeça durante o transplante. A medula espinhal será então rompida e preparada para encaixe no novo corpo.
Serão utilizadas injeções de polietileno glicol para auxiliar na fusão dos tecidos conjuntivos e células. Por último, os músculos, nervos, artérias e veias da cabeça de Spiridonov serão conectados ao novo corpo. A recuperação pós-operatória deve levar até um ano, segundo os médicos.
Riscos
Obviamente, a operação apresenta riscos enormes. As dificuldades do procedimento cirúrgico são apenas alguns deles, pois existe também a possibilidade de que o corpo novo rejeite a cabeça. Segundo Arthur Caplan, diretor de ética médica do Langone Medical Centre na Universidade de Nova York, é possível também que o corpo seja "sobrecarregado por novos caminhos e química aos quais não está acostumado e fique louco".
Comentando sobre a operação, o doutor Hunt Batjer, presidente da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, disse que "não desejaria isso para ninguém" e que "não permitiria que alguém fizesse isso comigo, pois há muitas coisas piores que a morte".
Em 1970, um procedimeno semelhante foi realizado em um macaco. Ele sobreviveu à cirurgia, mas viveu apenas oito dias depois, pois o corpo rejeitou a cabeça. Além disso, a tecnologia da época não permitiu que a nova cabeça se conectasse apropriadamente à nova medula.
Veja abaixo um TED Talk com Sergio Canavero, no qual ele fala sobre as tecnologias que permitem esse tipo de procedimento:
O paciente que passará pelo procedimento é o russo Valery Spiridonov, de 30 anos. Spiridonov é portador da Doença de Werdnig-Hoffman, um tipo de atrofia muscular espinhal que resulta em enfraquecimento muscular para o qual ainda não existe nenhum tipo de tratamento conhecido.
Transplante de cabeça (Foto: reprodução) |
Procedimento
Durante o procedimento, a cabeça de Spiridonov será resfriada, para desacelerar a taxa de decomposição de suas células. Em seguida, as veias e artérias do pescoço serão ligadas a máquinas que manterão o fluxo de sangue na cabeça durante o transplante. A medula espinhal será então rompida e preparada para encaixe no novo corpo.
Serão utilizadas injeções de polietileno glicol para auxiliar na fusão dos tecidos conjuntivos e células. Por último, os músculos, nervos, artérias e veias da cabeça de Spiridonov serão conectados ao novo corpo. A recuperação pós-operatória deve levar até um ano, segundo os médicos.
Riscos
Obviamente, a operação apresenta riscos enormes. As dificuldades do procedimento cirúrgico são apenas alguns deles, pois existe também a possibilidade de que o corpo novo rejeite a cabeça. Segundo Arthur Caplan, diretor de ética médica do Langone Medical Centre na Universidade de Nova York, é possível também que o corpo seja "sobrecarregado por novos caminhos e química aos quais não está acostumado e fique louco".
Comentando sobre a operação, o doutor Hunt Batjer, presidente da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, disse que "não desejaria isso para ninguém" e que "não permitiria que alguém fizesse isso comigo, pois há muitas coisas piores que a morte".
Em 1970, um procedimeno semelhante foi realizado em um macaco. Ele sobreviveu à cirurgia, mas viveu apenas oito dias depois, pois o corpo rejeitou a cabeça. Além disso, a tecnologia da época não permitiu que a nova cabeça se conectasse apropriadamente à nova medula.
Veja abaixo um TED Talk com Sergio Canavero, no qual ele fala sobre as tecnologias que permitem esse tipo de procedimento:
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