Morre o bicampeão mundial Djalma Santos, aos 84 anos

Lateral da seleção nas copas de 1958 e 1962, ex-jogador estava internado em Uberaba (MG)
Sergio Barzaghi/Gazeta Press


Internado no hospital Doutor Helio Angotti desde o dia 1º de julho, o ex-craque da seleção teve piora no quadro de insuficiência respiratória e pneumonia

O ex-lateral direito Djalma Santos, bicampeão mundial pela seleção nas Copas de 1958 e 1962, morreu nesta terça-feira (23), aos 84 anos, em Uberaba (MG).

De acordo com o boletim médico divulgado pelo Hospital Hélio Angotti, o lateral morreu em decorrência de uma pneumonia grave culminando com parada cardiorrespiratória e óbito às 19h30.

Mais cedo, também nesta terça-feira, o hospital mineiro havia informado que Djalma Santos havia tido uma recaída em seu quadro clínico e sido internado novamente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na noite de sábado (20). Ele estava internado em Uberaba desde o dia 1.º de julho. Na manhã desta terça-feira, Djalma Santos, de 84 anos, ele respirava por aparelhos e seu quadro piorou.

Bicampeão mundial com os títulos das Copas de 1958 e 1962, o ex-atleta vinha recebendo tratamento por causa de uma infecção respiratória aguda e apresentava uma recuperação inconstante.

Vencedor com a camisa da seleção brasileira, Djalma Santos também acumulou títulos com as camisas de Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR.

Djalma Santos conquistou dois torneios Rio-São Paulo na Portuguesa, mas ele realmente brilhou na Academia, como era conhecido o time do Palmeiras dos anos 60. No Palmeiras, ele conquistou duas Taças Brasil, um Torneio Roberto Gomes Pedrosa, um Rio São Paulo e três Campeonatos Paulistas.

Após deixar o Palmeiras, em 1968, ainda defendeu o Atlético-PR, em que ganhou seu último título, o Paranaense de 1970. Na ocasião, o Furacão estava há 13 anos sem erguer nenhum troféu. A despedida de Djalma Santos do Futebol ocorreu já no ano seguinte de seu último título, ainda com a camisa do Atlético-PR.

Maior lateral-direito da história

Djalma Santos iniciou a sua trajetória na Seleção quando os torcedores ainda tentavam esquecer a derrota para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. O lateral direito estreou em um empate sem gols com o Peru, em 10 de abril de 1952. A primeira vitória foi uma goleada por 5 a 0 sobre o Panamá.

Djalma Santos foi titular nas três partidas da seleção no Mundial da Suíça, em 1954. No duelo das quartas de final, contra a sensação Hungria, ele marcou um gol de pênalti, mas não impediu a derrota por 4 a 2 e a consequente eliminação.

Na Copa do Mundo de 1958, o craque assistiu às cinco primeiras partidas do banco de reservas. Somente na grande final, contra a anfitriã Suécia, Djalma Santos substituiu o são-paulino De Sordi, que estava contundido, e ficou marcado com uma grande apresentação.

“Foi o maior momento da minha carreira aquela vitória sobre a Suécia: na casa do adversário e com a presença do Rei na arquibancada”, discursou o então jogador.

Djalma Santos ainda seria titular em mais dois Mundiais. Na campanha do bicampeonato da Seleção, em 1962, no Chile, e na Copa do Mundo de 1966, quando os brasileiros foram eliminados por Portugal, time liderado pelo atacante Eusébio.

Titular absoluto da seleção brasileira por mais de uma década, Djalma Santos foi eleito diversas vezes, nas mais variadas premiações, como o maior lateral-direito da história do futebol.

Djalma (que se chamava Dejalma) começou a carreira na Portuguesa, clube pelo qual conquistou duas vezes o Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955. Até hoje é o segundo jogador que mais vestiu a camisa lusitana.

A estreia pela Lusa ocorreu aos 19 anos, quando atuou ao lado de Julinho Botelho e Brandãozinho na derrota por 3 a 2 para o Santos, em novembro de 1948, depois de chamar a atenção nos campos de várzea de São Paulo.

Já conhecido internacionalmente, Djalma Santos trocou a colônia lusitana pela italiana. Em 1959 foi negociado com o Palmeiras e passou a fazer parte de um dos melhores elencos do seu tempo. Ele se transferiu para o Palmeiras e marcou época no clube: atuou em 498 partidas (295 vitórias, 105 empates e 98 derrotas) e anotado dez gols. Conquistou o Campeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966, a Taça Brasil de 1960 e 1967, o Torneio Rio-São Paulo de 1965 e Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967.

Depois de quase dez anos no Palestra Itália, encerrou a carreira no Atlético-PR, onde jogou por mais quatro anos, até os 42. Em mais de duas décadas brilhando nos gramados, Djalma atuou 110 partidas pela seleção, tendo participado também das Copas de 1954 e 1966.

Diagnosticado com pneumonia, Djalma Santos acabou sendo internado pouco depois de a seleção brasileira vencer a Espanha por 3 a 0, no final da noite último dia 30 de junho, na decisão da Copa das Confederações.



Do R7, com Agência Estado
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