Conta de luz cairá menos que o prometido e governo culpa Estados

BRASÍLIA, 4 Dez (Reuters) - A conta de luz no Brasil cairá 16,7 por cento, na média, em 2013, diante da adesão parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor, frustrando a promessa da presidente Dilma Rousseff de reduzir as tarifas em cerca de 20 por cento.

O governo reagiu à recusa das empresas com ataque, culpando os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos comandados pelo PSDB --principal partido de oposição ao governo federal--, pelo fato de suas respectivas estatais não terem aderido à prorrogação na geração de energia.

"Nós estranhamos que essas empresas tivessem priorizado os acionistas e prejudicado a meta de redução que permite ao Brasil entrar nos padrões internacionais", disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

O revés ao plano do governo federal veio das estatais estaduais Cesp, de São Paulo, Cemig, de Minas Gerais, e Copel, do Paraná, que optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União --com redução em torno de 70 por cento da tarifa.

"Em função da recusa da Cemig, da Cesp e da Copel causou-se a redução da estimativa de 20,2 por cento para 16,7 por cento. Graças à recusa dessas três empresas", disse Zimmermann.

No setor de geração, 60 por cento dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017 optaram pela renovação antecipada. Já no setor de transmissão, a adesão foi de 100 por cento, segundo Zimmermann.

O secretário-executivo disse que a opção das empresas de não renovar as concessões de hidrelétricas penaliza a população em geral, inclusive dos Estados de São Paulo, Minas e Paraná, que não terão a redução plena nas tarifas.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que a decisão dos Estados pode prejudicar as próprias empresas. "Houve uma visão de curtíssimo prazo nesses Estados. Eles estão arriscando perder esses ativos que são fundamentais para as empresas", disse.

Por Leonardo Goy
Reuters

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