Fichas-sujas´ arrecadam mais no fim da campanha

ELIDA OLIVEIRA
Os nove candidatos a governador e ao Senado enquadrados pelos Tribunais Regionais Eleitorais na Lei da Ficha Limpa até agosto arrecadaram 122% a mais nesta reta final de campanha.
A receita, hoje de R$ 6,9 milhões, aumentou R$ 3,8 milhões nos dois últimos meses. Cinco entre os nove "fichas-sujas" foram financiados por terceiros
-um principalmente por pessoas jurídicas e quatro via doações indiretas (partidos ou comitês).
Dois entre os nove "fichas-sujas" foram financiados por comitês eleitorais. O candidato ao Senado Ivo Cassol (PP-RO), por exemplo, incrementou em 955% sua campanha sobretudo com recursos do comitê. São R$ 611 mil, ou 84% do total (R$ 721 mil).
Ronaldo Lessa (PDT-AL), que concorre para governador, também é financiado pelo comitê -91% dos R$ 2,5 milhões vêm dessa fonte.
Entre os 9 "fichas-sujas", 2 receberam recursos transferidos do partido. Raimundo Carvalho da Silva (PV-CE), que disputa o governo, foi 100% financiado pelo PV, que doou R$ 50 mil.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que tenta o Senado, foi financiado em 75% pela sigla e em 25% por pessoas jurídicas -total de R$ 2 milhões.
Joaquim Roriz (PSC-DF) teve como principal financiador pessoas jurídicas. Empresas ou entidades doaram R$ 1 milhão (92% do total). Roriz foi o único que recebeu doações de pessoas físicas: 7% dos recursos (R$ 91 milhões) vêm desta fonte.
Para 3 dos 9 "fichas-sujas", recursos próprios são a principal fonte de financiamento. Expedito Júnior (PSDB-RO), candidato a governador, bancou 100% dos R$ 427,7 mil. Foram R$ 78 mil até julho e R$ 349,7 mil entre julho e agosto.
O candidato ao Senado Adib Elias (PMDB-GO) não apresentou declarações, que devem ser entregues ao TSE até 2 de novembro.

Folha de S. Paulo

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